Prevenção VIH

Stop Sida é um blog de divulgação de campanhas de prevenção do VIH.

Divulgamos posters, vídeos e apresentações de materiais desenvolvidas pelo Comité de Coordenação e Combate ao Sida (CCS -SIDA).

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30 Novembro 2012

Rumo ao Zero é o lema do programa global adoptado pela ONU Sida para o período de 2011 a 2015. O SAPO CV foi falar com o secretário executivo do Comité de Coordenação de Combate à SIDA (CCS-SIDA), José António dos Reis, para entender o quanto perto de atingir esta meta está Cabo Verde.

 

 

 

 

 

Apesar de considerar as metas das Nações Unidas como “extremamente ambiciosas”, José António dos Reis salienta que o país adere às recomendações da ONU. Não dispondo ainda dos dados oficiais deste ano para comparação, os mesmos só serão divulgados no final de 2012, o secretário executivo adianta que a transmissão vertical, de mãe para filho, é a área onde o país poderá estar mais próximo de atingir o objectivo traçado rumo ao zero.

 

Em relação à mortalidade por VIH, houve uma redução substancia”, garante. No que diz respeito ao acesso ao tratamento, “em Cabo Verde, todos os casos que são identificados acedem ao tratamento e de forma gratuita”, explica dos Reis.

 

Já o objectivo “zero novos casos” este é um desafio para o país, segundo adianta o responsável do comité. “Se a nível da população geral a taxa de transmissão é baixa, já ao nível de grupos com maior exposição ao VIH, a taxa de prevalência é mais elevada, com uma transmissão maior.”

 

O desafio maior e onde vai ser preciso um trabalho árduo garante José António dos Reis é a meta de “zero novos casos”, para que o país atinja um número bastante abaixo do actual. E para que tal seja possível é necessário um “juntamon forte” de vários actores da sociedade, no entender de Reis.

 

Segundo os dados mais actuais, a taxa de prevalência do VIH/SIDA no país ronda os 0,8 por cento, uma das mais baixas a nível africano. Dados anuais dos postos sentinelas que resultam do seguimento das grávidas apontam no mesmo sentido. “A taxa de transmissão a nível da população em geral é baixa”, declara o secretário executivo.

 

“A questão da incidência (relacionada com o aparecimento de novos casos) é a que deve preocupar-nos mais”, no entender deste responsável pois é o número de novos casos diagnosticados que dá a ideia se há ou não regressão na transmissão. Não é possível ainda fazer uma análise deste processo já que os dados só vão estar disponíveis no final de 2012.

 

Dia da Luta contra a Sida um pouco por todo o país

 

O acto central do Dia da Luta contra a Sida, 1 de Dezembro, acontece no convento de S. Francisco, na Cidade Velha, e acontece sob a presidência da ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes.

 

Paralelamente acontecem várias actividades na capital. Uma caminhada organizada pelos alunos do ensino secundário da Praia e actividades na Rua Pedonal, no Platô, também marcam o dia.

 

Haverá também actividades noutros concelhos promovidas pelos centros de juventude, câmaras, associações e escolas.

 

As iniciativas privadas que surgem da necessidade de organizar algo para assinalar a data e que são promovidas de forma espontânea por grupos e cidadãos comuns levam José António dos Reis a afirmar que “a sociedade cabo-verdiana já assumiu a luta contra a Sida”.

 

@CM/SAPO

publicado por Krish às 18:19

30 Novembro 2012

Segundo dados avançados pela ONU SIDA, tem-se verificado uma redução de mais de 50 por cento na taxa de novas infecções por VIH em 25 países de baixo e médio rendimento - mais de metade desses países estão situados em África, a região mais afectada pelo VIH.

 

 

Além dos resultados na prevenção do vírus, a África Subsaariana tem reduzido mortes relacionadas com a SIDA em um terço nos últimos seis anos e tendo aumentado o número de pessoas em tratamento anti-retroviral em 59 por cento nos últimos dois anos.

 

Nalguns dos países que têm a maior prevalência de VIH no mundo, as taxas das novas infecções pelo VIH foram reduzidas drasticamente desde 2001:  73 por cento no Malawi, 71 por cento no Botsuana, 68 por cento na Namíbia, 58 por cento na Zâmbia, 50 por cento no Zimbabué e 41 por cento na África do Sul e Suazilândia.

 

Segundo a ONU SIDA, a África do Sul aumentou o tratamento do VIH em 75 por cento nos últimos dois anos, garantindo 1,7 milhões de pessoas tivessem acesso ao tratamento com anti-retrovirais.

 

Rumo ao zero nas novas infecções em crianças

 

A área onde está a ser alcançado o maior progresso é, possivelmente, a redução das novas infecções por VIH em crianças. Diminuíram 24 por cento nos dois últimos anos, segundo dados divulgados no site da ONU Sida.

 

Metade das reduções globais de novas infecções pelo VIH nos últimos dois anos tem sido entre as crianças recém-nascidas. "Está a tornar-se evidente que a obtenção de zero novas infecções por VIH em crianças é possível", afirmou Michel Sidibé, secretário executivo da ONU SIDA.

 

Menos mortes relacionadas a Sida

 

O relatório da ONU Sida mostra que a terapia anti-retroviral tem servido para salvar vidas. Nos últimos 24 meses o número de pessoas com acesso ao tratamento aumentou em 63 por cento globalmente. Já na África subsaariana, um recorde de 2,3 milhões de pessoas tiveram acesso ao tratamento. China aumentou em cerca de 50 por cento o número de pessoas em tratamento de VIH, no ano passado.

 

As maiores quedas de mortes relacionadas a Sida aconteceram em países como a África do Sul onde houve 100 000 mortes a menos; no Zimbabué, menos de 90 000 pessoas a morrerem de causas relacionadas com o VIH/Sida, bem como o Quênia e a Etiópia .

 

Acesso e uso estratégico de anti-retrovirais

 

Enquanto os países redobram os seus esforços para oferecer anti-retrovirais a todos aqueles que precisam deles, há evidências, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de que uma utilização mais ampla, mais estratégica destes medicamentos pode trazer novos benefícios. A OMS avança que estudos demonstram que os mesmos medicamentos usados para salvar vidas e manter as pessoas saudáveis também podem impedir as pessoas de transmitir o VIH a parceiros sexuais e às crianças através de mãe para filho.

 

No início deste ano, a OMS divulgou novas diretrizes para o tratamento de pessoas com VIH que têm parceiros não infectados. A Organização recomenda agora oferecer anti-retrovirais aos parceiros dos portadores de VIH, de modo a reduzir a probabilidade de transmissão de VIH para o parceiro não infectado.

 

Alguns países já estão a considerar oferecer a todas as mulheres grávidas com VIH um tratamento anti-retroviral para a vida.

 

A OMS está actualmente a rever as novas pesquisas científicas e experiências dos países, a fim de publicar uma orientação actualizada e consolidada sobre o uso de anti-retrovirais, em meados de 2013.

 

Rumo ao Zero é o lema do programa global adoptado pela ONU Sida para o período de 2011 a 2015.

 

@SAPO

publicado por Krish às 12:47

30 Novembro 2012

No dia 1 de Dezembro comemora-se a luta contra a SIDA. Tendo em conta que a melhor forma de evitar a contracção da doença é através de prevenção fomos perceber se toda a gente sabe colocar um preservativo. Está curioso?

 

publicado por sapocv às 12:05
editado por Krish às 18:45
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29 Novembro 2012

Chegou a estar à beira da morte. E terá sido essa experiência que o levou a repensar a vida e dedicar-se a algo nobre. É a mão amiga que se estende às pessoas que sabe ele bem o que estão a viver, afinal também ele tem uma história assim. Daniel Delgado é o presidente da Rede Nacional de pessoas com VIH/SIDA e líder da Associação “Esperança”.

 

Associação Esperança

 

Há cerca de oito anos chegou a Cabo Verde. Daniel Delgado, também ele portador de VIH, trazia consigo um sonho que se materializou após alguma luta na Associação “Esperança”, uma instituição que trabalha com as pessoas seropositivas com o intuito de identificar as suas necessidades no dia-a-dia e minimizar as suas dificuldades.

 

 

 

“Reivindicamos direitos iguais a toda gente”, enfatiza o líder da associação que actua no norte de Santiago, mais concretamente no concelho Santa Cruz. A “Esperança” trabalha também na capacitação de pessoas seropositivas e não só, o objectivo é que haja “uma mudança de comportamento”. Um trabalho árduo e com imensas dificuldades até porque a instituição actua na base do voluntariado, segundo conta o responsável.

 

 

A ambição é levar a actuação da associação à generalidade da ilha de Santiago e quem sabe a todo o território nacional, mas até então não tem sido possível, devido às dificuldades inerentes. Começaram com 15 voluntários, entre eles portadores de VIH/SIDA. Actualmente, já têm mais de 30 membros formados.

 

A nível de financiamento, a Associação “Esperança” é financiada via o Comité de Coordenação de Combate à SIDA, CCS-SIDA, com fundos do Programa das Nações Unidas para a Desenvolvimento, PNUD.

 

Para este líder, o preconceito ainda existe apesar de a informação já ter chegado a todo lado. “Agora cabe às pessoas aceitarem, mas elas não são obrigadas a aceitar e ai é que está a dificuldade”, desabafa o líder. Acrescenta que o mais difícil é a mudança de mentalidades mas que tem acontecido. “Quando cheguei a Pedra Badejo, eu era o “homem que tem SIDA”. Hoje as pessoas olham para mim com naturalidade e o meu trabalho tem sido facilitado, e muito, por estas pessoas”. E para 2013 o objectivo já está traçado - apostar ainda mais nas campanhas de sensibilização para passar a mensagem.

 

Na maior parte dos casos, mais de 70 por cento, segundo Daniel Delgado, é a “Esperança” que chega às pessoas portadoras de VIH/SIDA, numa primeira abordagem. Mas há casos em que são as pessoas infectadas que procuram a instituição. “Chegam à noite. Não querem ser vistas na associação”, explica o líder. Geralmente há sempre alguém na sede da associação com formação que atende a pessoa em causa.

 

Quando procurados por uma pessoa infectada, a associação encaminha a mesma para as entidades de saúde. Dependendo do avançar do vírus a pessoa poderá ficar internada. Daniel Delgado adianta que, não sendo ainda dados oficiais, mas que o número de infectados a nível nacional já ronda as 2.880 pessoas. A nível de concelhos Praia e São Vicente vêm em primeiro lugar e segundo lugar, respectivamente. Segue-se Santa Catarina e depois Santa Cruz.

 

“O consumo de álcool e drogas é o que está a afectar muito (Santa Cruz) ”, justifica Daniel Delgado assim a quarta posição do concelho a nível de pessoas infectadas com VIH.  “ As pessoas não têm falta de informação”, esclarece.

 

Outra situação que tem acontecido na prática, segundo este líder comunitário, é o caso de emigrantes da costa de África que chegam ao país por vezes infectados com o VIH e que se envolvem com jovens cabo-verdianas. “Temos um caso recente em que o indivíduo desapareceu (depois de infectar uma jovem).  Ninguém sabe onde ele está”, cita a nível de exemplo e acrescenta que a jovem apesar de ter negado oficialmente agora sabe que está infectada. Reforça novamente a ideia de que é necessário continuar a apostar na sensibilização.

 

A taxa de prevalência do VIH/SIDA no país ronda os 0,8 por cento, uma das mais baixas a nível africano.

 

Rede Nacional de pessoas com VIH/SIDA

 

Criada há um ano, justamente no dia 29 de Novembro, aniversário de Daniel Delgado, a Rede Nacional de Pessoas Seropositivas (ou pessoas que vivem com o VIH) continua em banho-maria, segundo Delgado que é presidente da mesma. “São as burocracias inerentes”, explica.

 

“A rede foi criada para termos mais voz junto do Governo e das instituições que trabalham nesta matéria”, elucida Daniel Delgado e explica que a instituição tem de estar presente em tudo que toca o VIH/SIDA a nível nacional. Serve como um coordenador nacional para as duas associações que lutam pelos direitos dos portadores de VIH/SIDA no país, a Associação “Esperança” e a “Abraço” (São Vicente).

 

Ainda não tem sede própria, o que deixa o presidente apreensivo. “Estamos a precisar de um espaço até para retirarmos tudo o que temos guardado aqui (sede CCS-SIDA)”. Daniel Delgado tem esperanças de que ainda neste Dia Mundial da Luta contra a SIDA

 

“Não vou virar as costas”

 

Após ter estado à beira da morte, conseguiu dar a volta por cima e resolveu transformar a experiência em algo positivo. Conta que foi a fé em Deus que lhe ajudou a sair da situação em que se encontrava deitado numa maca do hospital Curry Cabral, em Portugal. Chegou a pesar cerca de 30 quilos.

 

Quando recuperou as forças, em 2004, regressou à terra natal. Desde então não tem parado e nestes oito anos muita coisa mudou, segundo Daniel Delgado. “Está a ser gratificante para mim este trabalho”, afirma com satisfação e acrescenta que o que lhe dá mais prazer é verificar a mudança. “Nunca vivi tão boas experiências como vivi agora.”

 

Quando chegou ao país trazia consigo três meses de antirretrovirais (ARV’s). Pelo Natal de 2004, recebeu um “presente” da Direcção-Geral de Saúde – um embrulho com os medicamentos. Diz que, no seu caso pessoal, não tem tido problemas com o acesso aos ARV’s.“Espero viver até aos 90 anos … e com muita garra”, diz com um sorriso.

 

Com o passar dos anos, revela algum cansaço psicológico e não físico, salienta. “Daqui a uns quatro ou cinco anos, vou retirar-me. Já ando nisto há muito tempo. A ver se aparece algum discípulo … (risos) e tem de aparecer”.

 

Mostra-se um pouco desgastado por ter tantas actividades centradas na sua pessoa e diz que em breve será a hora de parar um pouco e pensar mais na sua vida pessoal. Mas cortar a ligação não vai ser de todo possível. “É como um jogador de futebol – pendura as chuteiras mas continua a dar chutos na bola.”

 

@CM

publicado por Krish às 20:01

22 Novembro 2012

O VIH/SIDA é um tema que já há muito tem sido abordado na sétima arte. Veja alguns exemplos das obras que falam sobre o tema.

 

 

All About My Mother (1999, Pedro Almodovar)

Este drama espanhol é um verdadeiro vencedor de prémios. Com nomes como Penélope Cruz, a película fala sobre a família com problemas secretos, incluindo um travesti que engravida e infecta uma enfermeira com o vírus da SIDA.

The Living End (1995, Gregg Araki)

O controverso filme foi apelidado como o ‘gay Thelma and Louise’ e caracteriza dois jovens rapazes, ambos HIV-positivo, que estão foragidos depois de um deles ter matado um polícia homofóbico.

The Hours (Stephen Daldry, 2002)

Baseado num romance que se tornou um best-seller, este filme percorre três diferentes histórias. Na mais contemporânea, Meryl Streep é uma mulher que planeia uma festa para o seu amigo poeta (interpretado por Ed Harris) que está a morrer de SIDA. As outras histórias falam sobre temas paralelos como a solidão onde uma dona de casa da década de 50 (Julianne Moore) lida com os seus sentimentos homossexuais. Nicole Kidman interpreta a escritora Virginia Woolf.

The Event (2003, Thom Fitzgerald)

Fitzgerald é um cineasta assumidamente gay que escolhe temas homossexuais para os seus filmes. Neste, um jovem, que está a aprender a lidar com o vírus do HIV, decide que quer suicidar-se e ter os seus amigos e família a preparar o seu funeral. Sarah Polley é a sua irmã e Olympia Dukakis a mãe.

Philadelphia (1993, Jonathana Demme)

Tom Hanks ganhou um Oscar pelo seu retrato de Andrew Beckett, um jovem advogado homossexual que levou a tribunal um caso sobre discriminação porque foi despedido depois de ter contraído o vírus da SIDA. Denzel Washington protagoniza o papel de advogado de defesa que confronta a sua própria homofobia. Enquanto Antonio Banderas é o amor de Beckett, Joanne Woodward é a sua mãe.

Parting Glances (1984, Bill Sherwood)

Este filme independente é considerado um importante marco no cinema gay e é um dos primeiros a falar explicitamente de SIDA. O director Sherwood morreu da doença e não conseguiu completar a sua carreira enquanto cineasta.

Needles (2005, Thom Fitzgerald)

O cineasta canadiano Thom Fitzgerald dirigiu um filme épico que explorar a crise da SIDA através de três diferentes situações internacionais. Na China, Lucy Liu interpreta o papel de uma mulher envolvida no tráfico ilegal de sangue. Em África, Chloe Sevigny e Olympia Dukakis são duas enfermeiras norte-americanas numa vila que ajudam na prevenção da doença através do sexo. No Canadá, Stockard Channing representa uma mãe de um jovem actor de pornografia com HIV.

Longtime Companion (1990, Norman Rene)

Este filme foi inovador no que concerne às grandes películas que humanizaram a crise da SIDA. A história fala sobre algumas pessoas cujas vidas foram, directa ou indirectamente, afectadas pela proliferação da doença dentro da comunidade gay, especialmente a de Nova Iorque. Os actores que fizeram parte do filme foram Campbell Scott, Bruce Davison, Mary Louise Parker e Dermot Mulroney. ‘Longtime Companion’ foi escrito por Craig Lucas e venceu vários prémios.

A Home at the End of the World (2004, Michael Maye)

Com Colin Farrell, Dallas Roberts, Sissy Spacek e Robin Wright Penn. Este filme tornou-se popular no circuito dos festivais e conta a história de jovens (Johnathan e Bobby, interpretados por Roberts e Farrel, respectivamente) e a sua amizade complicada. Os dois reencontram-se depois de uma série de anos, quando um deles contraí SIDA e precisa de ajuda e amizade.

Peter’s Friends (1992, Kenneth Branagh)

Este famoso filme inglês contêm uma série de nomes sonantes: Branagh, Rita Rudner, Martin Bergman, Hugh Laurie, Imelda Staunton e Stephen Fry. Peter junta a sua geração de liceu para uma reunião para informá-los que é seropositivo. Entretanto, a história leva-os a conflitos antigos e a lidar com as suas actuais neuroses. O filme tem sido comparado ao ‘The Big Chill’.

publicado por Krish às 16:57

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